domingo, 13 de dezembro de 2009

Então, é Natal!

É tempo de Natal e a cada ano que passa me dou conta do quanto gosto desta data especial. Apesar do corre-corre no comércio na busca por presentes, existe realmente uma sensação diferente no ar. As pessoas parecem mais felizes, o sentimento de união toma conta até mesmo dos mais descrente.

Adoro passear pelos shoppings e olhar as decorações da festa. E gosto de ver que todo mundo também faz isso, ficando alguns minutos contemplando os enfeites que remetem à época mais bonita do ano.

Desde criança também cultuo uma paixão por montar o pinheirinho. Pendurar cuidadosamente cada enfeite na árvore é uma tarefa que sempre me toma boas horas de ansiedade e euforia. Volto a ter 5 anos e me emociono quando as luzes são acesas!
Muitos esquecem o significado do Natal, mas ainda assim nota-se em cada um uma mudança de atitude. Como se todos ficassem livres de seus pecados e vivessem mais tranquilos e de bem com a vida. É época de planejar o próximo ano e sonhor com uma vida melhor.

É claro que sempre haverá os pessimistas que acham tudo uma bobagem e até mesmo aqueles que aproveitam o período para sofer a perda de algo ou alguém. É, de fato, um momento em que os sentimentos afloram e se intensificam.

Ainda não sei como vou reagir no momento da confraternização em família, pois a pessoa mais importante para todos não estará em corpo presente. Aquela que era a verdadeira alegria da festa, a razão de todo planejamento do evento dessa vez vai acompanhar tudo de um plano superior, observando a falta que estará fazendo a todos.

Mesmo assim, não quero perder a alegria do Natal, do seu significado de começo de uma nova vida. Vou lembrar de quem não estará conosco, mas valorizar ainda mais aqueles que ainda fazem parte da minha vida, pois isso é Natal...

domingo, 15 de novembro de 2009

Agradecimento

É muito fácil pedir. Difícil é agradecer.
Agradecer por um presente recebido.
Pela companhia em um momento difícil.
Pela companhia nos momentos felizes.

É difícil agradecer uma gentileza.
Difícil dizer obrigado por algo que nem se esperava, mas que aconteceu.
Poucos lembram de agradecer a mão que nos foi estendida na hora em que mais precisávamos.
O abraço que nos foi dado quando o chão parecia ter aberto sob nós.

Aos meus familiares, amigos e marido faço aqui meu agradecimento público.
Obrigada pela confiança.
Obrigada pela alegria proporcionada.
Obrigada pela esperança mostrada.
Obrigada pela força que nunca faltou.
Obrigada por me mostrarem que é possível sonhar e ver os sonhos se tornarem realidade.
Obrigada por me fazerem acreditar em mim mesma.
Obrigada pelos puxões de orelha que serviram de lição.
Obrigada por me indicarem o melhor caminho.
Obrigada por me fazerem aprender com os erros.
Obrigada por estarem sempre do meu lado, mesmo quando não estou presente.
Obrigada por fazerem parte da minha vida.
Sem vocês, minha história seria completamente diferente. E bem menos feliz.
A todos vocês dedico essa canção de Diane Warren que ficou conhecida na voz de Céline Dion: Porque Você me Amou.


Because You Loved Me

For all those times you stood by me.
For all the truth that you made me see.
For all the joy you brought to my life.
For all the wrong that you made right.
For every dream you made come true.
For all the love I found in you I'll be forever thankful baby.
You're the one who held me up.
Never let me fall.
You're the one who saw me through, though it all.

You were my strength when I was weak.
You were my voice when I couldn't speak.
You were my eyes when couldn't see.
You saw the best there was in me.
Lift me up when I couldn't reach.
You gave me faith 'coz you believed.
I'm everything I'm Because you loved me.

You gave me wings and made me fly.
You touched my hand I could touch the sky.
I lost my faith, you gave it back to me.
You said no star was out of reach.
You stood by me and I stood tall.
I had your love I had it all.
I'm grateful for each day you gave me.
Maybe I don't know that much, but I know this much is true.
I was blessed because I was loved by you.

You were my strength when I was weak.
You were my voice when I couldn't speak.
You were my eyes when couldn't see.
You saw the best there was in me.
Lift me up when I couldn´t reach.
You gave me faith ´coz you believed.
I'm everything I am Because you loved me.

You were always there for me.
The tender wind that carried me.
A light in the dark shining your love into my life.
You've been my inspiration.
Through the lies you were the truth.
My world is a better place because of you.

You were my strength when I was weak.
You were my voice when I couldn't speak.
You were my eyes when couldn't see.
You saw the best there was in me.
Lift me up when I couldn't reach.
You gave me faith ´coz you believed.
I'm everything I am Because you loved me.

Por que você me amou

Por todas as vezes que você me apoiou
Por todas as verdades que você me fez ver
Por toda alegria que você trouxe para minha vida
Por todos os erros que você fez certo
Por todos os sonhos que você fez tornarem-se reais
Por todo amor que encontrei em você
Eu serei eternamente grata, baby
Você foi o único que me ajudou a me levantar
Nunca me deixou cair
Você foi o único que me viu através de tudo isto

Você foi a minha força quando estava fraca
Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Me levantou quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou porque você me amou

Você me deu asas e me fez voar
Você tocou minha mão, eu toquei o céu
Eu perdi minha fé, você me trouxe ela de volta
Você disse que nenhuma estrela estava fora de alcance
Você ficou do meu lado, e eu suportei
Eu tenho seu amor, eu tenho tudo
Eu sou grata por esses dias que você me deu
Talvez eu não saiba muito disso
Mas eu sei que este muito é verdade
Eu fui abençoada porque eu fui amada por você

Você foi a minha força quando estava fraca
Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Levantou-me quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou porque você me amou

Você esteve sempre aqui por mim
O vento gentil que me carregava
Uma luz no escuro brilhando seu amor na minha vida
Você tem sido minha inspiração
Através das mentiras, você foi a verdade
Meu mundo é o melhor por sua causa

Você foi a minha força quando estava fraca
Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Me levantou quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou porque você me amou

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Batismos e religiões

É interessante como cada religião ou crença realiza seus rituais. Estou acostumada e participar de batizados católicos, em que acontece uma missa e, após, pais, padrinhos e madrinhas de diversas crianças se reúnem em volta do padre com uma vela acesa para realizar o batismo. Tudo muito rápido. Uma mesma mensagem para todos, algo quase que automático, geralmente deixando aquele mensagem de que é preciso frequentar a igreja periodicamente e agir conforme as leis de Deus. Uma criança de cada vez recebe a bênção do padre e é banhada em água benta. Pronto.

Mas no último final de semana vivi uma experiência diferente e muito interessante: o batismo na Umbanda. Existe uma série de preparação até o ato em cima. Monta-se um altar específico em homenagem à família da criança, todos são defumados antes de entrar no local de batismo, descalços. Há uma concentração especial e, principalmente, a participação de todos no processo, não apenas pais e padrinhos, mas também, convidados. O batizado é feito por uma entidade incorporada em um médium. Porém o que mais me chamou a atenção foi a personalização do evento. Ele é feito especialmente para aquela criança ali presente. Também há a vela e a água, simbolizando a vida e a iluminação dos caminhos do pequeno ser que está sendo abençoado, mas tudo é feito de forma tranquila, explicando-se cada passo do ritual e conversando com a criança. Todos são convocados a concentrar suas energias no ser em formação. O ápice do batismo da Umbanda, contudo, é o momento em que todos os presentes declaram aquilo que desejam para a criança, em uma cena que gera muita emoção. No final, a entidade se despede de cada um, deixando uma mensagem especial e uma paz que acalma até aqueles que chegaram cheios de problema do dia-a-dia. Tudo muito bonito e especial. Como, de fato, deve ser um batismo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

É estranho e ao mesmo tempo admirável o modo como a fé afeta as pessoas. Há pouco o Jornal Nacional mostrava uma reportagem sobre o dia de Nossa Senhora Aparecida. Milhares de fiéis passaram o dia em procissão e devoção à santa padroeira do Brasil em Aparecida do Norte. Entre eles estava um homem de no máximo 40 anos que deu seu depoimento ao JN. Disse que estava agradecendo porque havia pedido à santa que lhe desse uma casa, e ela concedeu.

É claro que não foi Aparecida quem chegou em uma imobiliária, escolheu a casa e entregou, totalmente paga, àquele fiel. Mas foi o amor e a fé depositada nela que deram forças para que o homem conseguisse trabalhar o bastante para poder atingir seu objetivo. Foi ela quem lhe deu confiança para erguer a cabeça e seguir em frente, acreditando que era possível. É isso que Nossa Senhora Aparecida e todos os demais santos fazem. Dão confiança, esperança. Confortam nos momentos de dor e fortalecem nos grandes desafios.

A fé é inexplicável. Até para os mais céticos uma hora ou outra ela se faz presente. Toda vez que entro em uma igreja ou templo sinto uma energia diferente, algo que só existe ali, na presença das imagens dos santos ou deuses. Sinto paz e isso é muito bom. Faço minhas orações vez ou outra, mas não as tradicionais Pai Nosso ou Ave Maria. Na verdade, chamo minhas orações de conversas com Deus. Nelas, peço, como todo mundo, mas também busco esclarecimento, uma luz no fim do túnel. E também agradeço muito. Agradeço pela oportunidade de estar aqui para aprender e viver o mais intensamente possível. Agradeço por poder fazer coisas que jamais imaginei que um dia conseguiria. Agradeço porque, de uma forma ou de outra, me senti abençoada e protegida por uma energia que chamo de Deus. A energia que nos dá a luz do dia, as flores que enfeitam nossa vida e o amor que nos mantém felizes mesmo nas adversidades. É nessa fé que acredito e considero saudável. Gritos em templos, sessões de exorcismos e fanatismos são doenças da alma, fraquezas que deixam as pessoas fracas e suscetíveis a exploradores e seus dízimos. Fé não tem preço. Ela é de graça e está dentro de cada um. Não importa a religião ou a falta dela. Uma hora você vai saber onde ela está.

Como é bom ser criança!


Às vezes sinto vontade de voltar no tempo só para ser criança de novo por mais alguns momentos. Andar de bicicleta a toda velocidade, sentindo o vento bater no rosto. Me embalar o mais alto que puder em um balanço, fazendo com que ele quase vire. Brincar de ginasta em canos improvisados no meio da praça. Subir em uma árvore e passar para outras pulando de galho em galho feito um macaco. Pular corda, esconde-esconde, stop, amarelinha... Ah, como era bom!

Quando se é criança, até a parte considerada chata por um adulto parece legal. Adorava ir à escola! Todo início de ano letivo era uma festa! Comprar mochila nova, caderno novo, borracha nova, caneta nova. Tudo rosa e cheirando tuti-fruti. Na hora de inaugurar o caderno tinha que caprichar na letra pra que ele continuasse lindo! Ah, e me esforçava para fazer direitinho os deveres pra ganhar um carimbo de estrelinha, bichinho ou qualquer outra coisa bonitinha que a professora colocava!

Ser criança também era bom pelas guloseimas que se comia sem qualquer culpa. Balas, chicletes e chocolates eram lanches, petiscos, refeições. Acho que é por isso que hoje não passo nem perto deles! Também tinha o leite condensado, que era saboreado direto da latinha. Uma delícia!

Os desenhos animados eram diversão garantida, especialmente nos dias de chuva, e na minha época, havia os melhores! Não há um adulto que foi criança na década de 80 que não lembre de A Caverna do Dragão, Smurfs, Os Três Mosqueteiros, A Formiga Atômica, Ursinhos Carinhosos...

Olhando pra trás, nem sei como eu tinha tempo para fazer tanta coisa. Brincar, estudar, ver tevê. E brincar de novo, estudar mais um pouco e ver tevê outra vez. Deve ser porque não tinha que ficar tanto tempo me preocupando com problemas que muitas vezes nem são tão sérios assim. Se fosse criança, saberia direitinho que logo, logo eles vão passar, então pra quê me preocupar? Melhor mesmo é brincar!


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Afinal, onde está a beleza?

Acho interessante como a beleza é fundamental em nossas vidas. Homens, mulheres, crianças, jovens, idosos querem transbordar beleza. Vivem diante de um espelho analisando formas, defeitos e qualidades que possam ser ressaltados ou escondidos pelas roupas. Só esquecem de refletir sobre como anda a beleza que vem de dentro e pode transformar qualquer imperfeição em algo totalmente irrelevante.

Nos meios de comunicação, o apelo pela perfeição estética chega a ser constrangedor. Revistas, jornais, programas de TV, todos retratam a forma ideal que alguém deve ter para ser bem aceito pela sociedade. Menos mal que hoje parece que estão mudando do padrão magérrimo para o sensual, com curvas que melhor representam a mulher brasileira. Aí ao invés de passar fome, quem não tem o corpo estilo “violão” apela para lipoaspirações, próteses e ginástica à exaustão. É o preço que se paga para ser “perfeito”.

Diante de tanto recurso disponível para ajeitar a “feiúra” exterior torço para que um dia a ciência também encontre uma forma de melhorar a beleza interior, aquela que realmente pode fazer a diferença em nossas vidas.

Quantas vezes julgamos alguém feio, mas, ao conhecê-lo melhor, vemos que exageramos no prejulgamento? Percebemos que as qualidades de caráter tornam a pessoa mais bonita, pois passamos a ver a beleza verdadeira, que não precisa de plásticas e nem de dieta. Já está presente no DNA, na personalidade, na educação. Então, se essa é a forma de beleza mais completa e barata, para quê perder tanto tempo (e dinheiro) buscando uma perfeição que jamais vai chegar? O corpo tem que refletir a nossa alma, e se a alma é bela, tudo mais será belo. Basta saber enxergar.

domingo, 4 de outubro de 2009

Uma homenagem a Patrick Swayze


Ouvindo a música (I' ve Had) The Time of my Life, trilha do filme Dirty Dancing, resolvi prestar uma singela homenagem a Patrick Swayze, morto recentemente vítima de câncer. Abaixo coloco a letra da música que embalou muitas meninas que, como eu, amavam e amam dançar e até hoje ensaiam passos quando a escutam.


(I've Had) The Time Of My Life


Now I've had the time of my life
No, I've never felt like this before
Yes I swear it's the truth
Aand I owe it all to you

'Cause I've had the time of my life
And I owe it all to you
I've been waiting for so long
Now I've finally found someone
To stand by me
We saw the writing on the wall
As we felt this magical fantasy

Now with passion in our eyes
There's no way we could diguise it secretly
So we take each others hand
'Cause we seem to understand the urgency

Just remember
You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love, because

I've had the time of my life
No I've never felt this way before
Yes I swear it's the truth,
And I owe it all to you

Hey Baby

With my body and soul
I want you more than you'll ever know
So we'll just let it go,
don't be afraid to lose control, no
Yes I know it's on your mind,
when you say "Stay with me tonight"
(Stay with me)

Just remember, you're the one thing,
I can't get enough of
So I'll tell you something,
This could be love because

I've had the time of my life,
(I've had the time of my life)
No, I've never felt this way before,
Yes I swear it's the truth
(Yes I swear)
And I owe it all to you
Cause I've had the time of my life
And I've searched through every open door
(through everywhere)
Till I found the truth
And I owe it all to you

(Instrumental)

(REPEAT 2X)
Now I've had the time of my life
No I never felt this way before (Never Felt this way)
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you

I've had the time of my life
And I've searched through every open door
Till I've found the truth
And I owe it all to you
(I've had the time of my life, baby)

TRADUÇÃO

(Eu tive) o melhor momento da minha vida

Agora eu tive o melhor momento da minha vida
Não, eu nunca me senti assim antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você
Porque eu tive o melhor momento da minha vida
E devo tudo a você

Esperei por muito tempo
Agora finalmente encontrei alguém
Pra ficar ao meu lado
Vimos o que estava escrito no muro
Enquanto sentimos essa mágica
Fantasia

Agora com paixão em seus olhos
Não há como disfarçar
Secretamente
Então pegamos a mão um do outro
Pois parecemos entender
A urgência
Apenas lembre

Você é a única coisa
De que não consigo me cansar
Assim, vou te dizer
Isso poderia ser amor, porque

Eu tive o melhor momento da minha vida
Não, nunca me senti desse jeito antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você
Ei, baby

Com meu corpo e alma
Quero você mais do que possa imaginar
Vamos deixar acontecer
Não tenha medo de perder o controle, não
Sim, eu sei o que se passa na sua cabeça
Quando você diz: "Fique comigo hoje à noite"
Apenas lembre

Você é a única coisa
De que não consigo me cansar
Assim, vou te dizer
Isso poderia ser amor, porque

Eu tive o melhor momento da minha vida
Não, nunca me senti desse jeito antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você

Mas eu tive o melhor momento da minha vida
E eu andei procurando em cada porta aberta
Até encontrar a verdade
E devo tudo a você

Agora eu tive o melhor momento da minha vida
Não, eu nunca me senti assim antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você

Eu tive o melhor momento da minha vida
Não, nunca me senti desse jeito antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você

Pois eu tive o melhor momento da minha vida
E eu andei procurando em cada porta aberta
Até encontrar a verdade

E devo tudo a você...




sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Os Jogos Olímpicos são nossos!


O Rio de Janeiro venceu a disputa pelas Olimpíadas de 2016. Tóquio, Chicago e Madri ficaram para trás na escolha. Com uma infraestrutura bem abaixo das demais concorrentes, por que a cidade brasileira foi a escolhida?

Para mim, a melhor definição é a do presidente Lula: o Rio venceu porque fez uma apresentação com amor. Os cariocas e todos que torciam para a escolha da cidade brasileira deram provas de que queriam o Rio como sede dos Jogos Olímpicos. O discurso da comitiva brasileira emocionou os delegados do Comitê Olímpico Internacional. Todos perceberam que era chegada a hora da América do Sul receber pela primeira vez uma Olimpíada e que a capital fluminense estava pronta para isso. Madri mostrou um discurso seguro por já ter obras em andamento e estar mais preparada para tanta responsabilidade. Mas o COI queria mudar, e apostou na paixão dos brasileiros.

Passada a euforia pela vitória, muitos pessimistas começam a gritar aos quatro cantos o absurdo de o Brasil sediar um evento de tamanha grandeza tendo tanta miséria em sua população. Falam que os quase R$ 30 bilhões que terão de ser investidos na infraestrutura exigida deveriam ser investidos em saúde, emprego, educação e combate à fome. Concordo plenamente que essas áreas devem ser prioridade sempre, mas não podemos fechar os olhos para os benefícios que serão agregados a esse elevado investimento.

Em primeiro lugar, o dinheiro está sempre aí e nunca foi investido nessas necessidades básicas da população. Ao contrário, são desviados para fazer a alegria de governantes que já têm mais do que suficiente. Também é preciso levar em conta a contrapartida desse gasto. Quantos empregos serão gerados com as obras que virão, os hotéis e restaurantes que serão construídos? Quantas pessoas serão beneficiadas diariamente com as melhorias do transporte público? Apenas isso já melhora, e muito, a saúde física e mental da população. Com trabalho e menos estresse com todos os problemas relacionados à ausência dele, a auto-estima e a qualidade de vida dos cidadãos vai melhorar.

E esses benefícios não ficarão restritos ao Rio de Janeiro. O Brasil inteiro vai ganhar visibilidade e muitos turistas que vierem para a competição certamente vão aproveitar para conhecer outros estados, gerando renda para o país inteiro.

Mas a grande melhoria com a nomeação da capital carioca será o incentivo ao esporte brasileiro. Há anos atletas de todas as modalidades lutam por patrocínio para se preparar e viajar para as competições. Sem apoio, muitos acabam desistindo pelo caminho. Recentemente nos surpreendemos com ginastas de renome internacional sem clube para treinar, equipes grandes de vôlei quebrando. O esporte brasileiro à falência. Enquanto o futebol vai muito bem obrigado, movimento milhões todos os anos, os demais esportes estão à beira do abismo.

Essa crise no esporte do Brasil afeta não apenas os atletas profissionais, mas especialmente as futuras gerações, que sem campeões para se espelhar deixam de ver no esporte uma opção de melhoria de vida. O esporte é inclusão. Quem pratica qualquer esporte que seja está interagindo com alguém, está distante de drogas, de violência. Está mais feliz. E com os Jogos Olímpicos aqui, certamente essa situação vai mudar para melhor. Vão aparecer patrocinadores, investidores na formação de futuros atletas. Novas portas vão se abrir. Talvez apenas para essa Olimpíada, mas vamos torcer para que todos tomem gosto pelo esporte e possam levá-lo adiante sempre. Faz bem para a saúde, para o corpo, para a mente. Gera empregos, que acabam com a fome, e educação, que traz uma cidadania democrática.

Que venham os Jogos Olímpicos de 2016!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sonho x Utopia

Sonhar é bom

Provoca uma sensação de bem-estar

De esperança de conquistar algo tão almejado

Mas é preciso sonhar com os pés nos chão

Querer aquilo que se pode realizar

Buscar o que o esforço e a dedicação conseguem trazer

Caso contrário, o sonho se torna utopia

Aquilo que nunca vai passar de nossa imaginação

Será sempre um sonho distante e inatingível

Uma fantasia marcada pelo sentimento de derrota

O sonho dá asas

A utopia, frustração

Então sonhe e realize tudo o que puder!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O futebol ficou de lado


Chovia em Porto Alegre há mais de 20 horas. As ruas estavam alagadas, difíceis de trafegar. Mas o domingo era dia de futebol no Beira-Rio e lá eu deveria estar para a cobertura de Inter e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro.

Logo na chegada me deparei com o estacionamento debaixo d’água. Estacionei na última vaga antes da lagoa que se formava. Mas isso nem foi surpresa, já que sempre que chove mais forte fica difícil chegar ao estádio. O problema estava do lado de dentro, mais precisamente no gramado onde seria realizada a partida.

Acho que nunca havia visto um campo em tão precárias condições de jogo. Duas horas antes da partida funcionários do Internacional tentavam a todo custo escoar com rodos a água que formava poças no Beira-Rio (diga-se de passagem, o estádio com o melhor gramado do futebol brasileiro, de acordo com os próprios jogadores que disputam a competição nacional, em eleição realizada no ano passado). Tudo em vão. À medida que eles se esforçavam, a chuva teimava em continuar. Dava sinais de que iria parar, mas, de repente, voltava com força total. Um castigo para torcedores, que se intimidaram e ficaram em casa, e para os jornalistas, que tiveram que trabalhar sob mau tempo. E o pior, era dia de decisão do Sócio Símbolo 100 mil, uma promoção planejada minuciosamente e que acabou sem o brilho que merecia. Ruim para todo mundo, menos para a arbitragem.

O árbitro Sandro Meira Ricci vistoriou o gramado antes da partida e apesar do cenário totalmente contrário à prática do futebol, entendeu que havia plenas condições de jogo. Impossível entender tal decisão, mas hoje, analisando a situação, lembrei que o Inter está (ou estava) na luta pelo título do Brasileirão e que um resultado como o de ontem poderia deixar esse sonho bem mais distante. E mais próximo para as equipes paulistas que também estão na luta (não podemos esquecer que em 2005 uma manobra da arbitragem brasileira tirou o título do Inter e colocou de bandeja nas mãos do Corinthians).

Não houve, de modo algum, futebol entre Inter e Flamengo. A bola parou mais nas poças de água que nos pé dos jogadores, que giravam de um lado para o outro sem conseguir concretizar uma jogada. Jogo feio, truncado, sem qualquer emoção. Sem dúvidas, a pior partida de futebol (que mais lembrava um pólo aquático) que já vi em toda a vida. E mais uma prova de que a arbitragem brasileira não prioriza o bom futebol. E debaixo de tanta chuva, o único que saiu satisfeito do estádio foi Paulo Cezar Guterres Ritta, o Sócio Símbolo 100 mil do Internacional.

domingo, 27 de setembro de 2009

Drogas pra quê?

Estava assistindo a uma entrevista de uma das minhas cantoras preferidas à Oprah, pela GNT. Nela, Whitney Houston fala da carreira e dos problemas com as drogas, que a afastaram dos palcos por anos. E sempre que vejo uma situação como essa me pergunto por que as pessoas entram num caminho que sabem que só pode trazer perdas e decepções?

Whitney já havia conquistado tudo o que podia na carreira. Bem-sucedida, era casada e tinha uma filha. Mas isso não era o bastante. Faltava algo que ela foi buscar onde, é claro, não iria encontrar. A cantora se jogou num precipício e não sabia como voltar. Passou meses de pijama, levantando da cama apenas para comer e se despedir da filha quando ela ia para a escola. O verdadeiro fim de uma estrela que embalou casais com a inesquecível “I will always love you”.

Me surpreende tamanha insanidade de alguém que supostamente tem tudo (talvez faltasse justamente o essencial, que é o amor próprio). Quem não conhece alguém que leva uma vida no maior conforto, com pais sempre presentes e ainda sim se joga nas drogas? Pessoas que vão a festas para beber até cair (fico imaginando onde está a diversão, já que acho extremamente desagradável vomitar ou sentir dores de cabeça) e sequer lembram o que aconteceu no dia seguinte. Gente que se reúne com amigos não para jogar conversa fora, se divertir, mas para formar uma roda de maconha e curtir “o barato”.

Confesso que tenho muita pena de pessoas assim, porque elas não se conhecem e não conseguem “viajar” em sua própria imaginação. Precisam usar de artifícios que até podem não causar dependência, mas é um risco alto demais que se corre. Ou pior, fumam, bebem e ficam entorpecidas para se sentirem inseridas, não virarem motivo de chacota no grupo. Uma lástima.

Quantos jovens experimentam algum tipo de droga afirmando que são fortes, que não vão se viciar e, depois da terceira vez, não conseguem mais parar? Será que nunca ouviram falar que a dependência química só aparece depois das primeiras experiências? Então será que vale mesmo a pena ir adiante?

Famílias são destruídas diariamente pelas drogas. Pais que bebem demais e acabam perdendo esposas e filhos. Filhos que brigam com os pais e até vendem objetos de casa para poder comprar drogas. Pessoas que destroem a si próprios e aqueles que estão a seu redor. E esquecem que a felicidade está bem ali, dentro de si, sem nenhum custo e a qualquer hora.

Que bom que Whitney está conseguindo dar a volta por cima. Que bom se sempre fosse assim.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Reencontros

Hoje reencontrei um amigo que não via há uns 15 anos. Ele jogava nas categorias de base do Internacional na época em que eu era uma torcedora comum que não perdia um treino, inclusive dos juvenis. Adorava passar horas e horas no Beira-Rio, mesmo que vazio, imaginando o dia em que me tornaria uma jornalista esportiva. Tínhamos um trato de que um dia ele estaria na Seleção e eu o entrevistaria para a emissora em que trabalhasse. Infelizmente ele não chegou tão longe, pelo menos na equipe principal.

Mas hoje tive uma grata surpresa. Ele estava voltando ao Inter. Dessa vez para se preparar para ser técnico. Desejo muita sorte!

Ele me reconheceu fisicamente, mas não conseguia associar a imagem à pessoa (um castigo para quem tem esse terrível problema, como eu). Porém alguns minutos de conversa nos fizeram colocar em dia os principais assuntos que se passaram nesses anos todos de distância. Casamentos, filhos, carreiras... Como seremos colegas daqui por diante, colocaremos o resto do papo em dia nos próximos meses.

Depois desse reencontro fiquei pensando como é bom rever pessoas que fizeram parte de um importante período de nossa vida e que, por um motivo ou outro, hoje nem sabemos por onde andam. Colegas de escola, amigos do primeiro emprego, companheiros de estudos na faculdade... Como seria gratificante poder reencontrá-los e relembrar histórias, saber o que aconteceu em suas vidas. Uma forma simples de voltar no tempo sem precisar abrir mão do nosso presente.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O futebol que não foi milionário

Sempre gostei de futebol e acompanhei de tudo um pouco sobre esse esporte que fascina tanto os brasileiros.

Uma das coisas que sempre me chamou a atenção é a diferença entre o futebol de hoje e o de 50, 60 anos atrás. E não falo apenas da qualidade técnica e do amor à camisa, que andam meio esquecidos nos últimos anos. Falo da questão financeira.

Hoje é um verdadeiro absurdo o que os clubes, especialmente os árabes e os europeus, investem em futebol. São milhões de dólares gastos em apenas um jogador, tido como o “salvador da pátria”. Valores que fariam a alegria das milhares de pessoas que passam frio e fome em todo o planeta. Mas o assunto é futebol, e vou me deter nele.

O que me chama de fato a atenção é a mudança desse elevado investimento ao longo dos anos. Na época em que o esporte era conhecido como “futebol arte”, não havia esses salários desproporcionais. Ganhava-se o suficiente para viver bem e pronto. Nada de excessos. Quem exagerava, acabava como o grande Garrincha, pobre e destruído pelo álcool.

E isso é o que tenho visto de perto depois de mais de dois anos trabalhando em um dos maiores clubes do futebol brasileiro.

Em entrevistas com ex-craques do Internacional observo a imensa diferença dos tempos no futebol. Se Kaká ou Ronaldinho Gaúcho resolvessem parar de jogar hoje, por exemplo, poderiam viver tranquilamente bem até morrer. E ainda deixariam uma gorda herança para as próximas gerações.

Para os jogadores do passado, salvo poucas exceções, a história não era assim. Muitos tiveram que procurar outros empregos para se manter financeiramente até a aposentadoria. Alguns viraram bancários, outros comerciantes, funcionários públicos... Ou seja, ao invés de trabalhar até no máximo 40 anos, como ocorre com os jogadores da atualidade, tinham que seguir em atividade por pelo menos mais uns 15, 20 anos. E para se aposentar com dificuldade, ganhando o suficiente apenas para se manter. Muitas vezes, nem para isso.

Jogadores que brilharam na década 40 e hoje vivem com bastante dificuldade em casas simples, de madeira, vestindo roupas tão desgastadas pelo tempo quanto eles.

Outros, em situações ainda piores de saúde são objetos de campanha de arrecadação de fundos para viver com mais dignidade.

Prova de que, assim como na “vida real”, no futebol também existem muitas desigualdades.

No futebol, nem tudo são flores

É comum lermos notícias de contratos milionários de jogadores de futebol. No meio do ano, o português Cristiano Ronaldo foi vendido ao Real Madrid pela bagatela de 256 milhões de reais. Já o argentino Lionel Messi, do Barcelona, renovou o contrato com o time espanhol por um salário mensal de mais de 10 milhões de euros!

Tanto investimento no futebol faz com que ele seja o sonho profissional de muitos meninos que vivem às margens da população. Mas nem tudo são flores.

A grande maioria que ingressa nessa carreira esportiva joga em clubes pequenos, com salários que são gorjeta para craques como Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Passam dificuldades durante anos para buscar um espaço, longe da família e de amigos. Uma batalha muitas vezes em vão.

E ainda que consigam chegar a um grande clube do futebol brasileiro, por exemplo, somente aqueles que realmente se diferenciam conseguem um futuro promissor. O resto tem que se contentar em ser apenas coadjuvante de uma história com poucos finais felizes. Como em qualquer outra profissão.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Boas-vindas à estação mais linda


Vinte e dois de setembro é dia de comemorar a chegada da estação mais bela do ano. A Primavera traz consigo o desabrochar das mais belas flores, que enfeitam naturalmente a paisagem até da mais cinza das cidades.

A nova estação contagia não apenas as pessoas com seus encantos. São os animais os mais beneficiados com a época das flores. Abelhas, beija-flores, bem-te-vis. Todos vibram com o doce sabor do néctar de cada planta.

E como é lindo ver os pássaros cantando e levando adiante o pólen que vai gerar novas plantas no ano seguinte. E que maravilha poder descansar à sombra de um Jacarandá.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quando os filhos ganham asas

Existe uma frase popular que diz que os pais criam os filhos para o mundo. Mas na prática, o que eles querem mesmo é criá-los para os terem sempre de baixo de suas asas.

A primeira crise de separação chega com a escola, um desafio para as crianças, que vão enfrentar um universo ainda desconhecido; e para os pais, que têm de entregá-las nas mãos de estranhos.

Com o passar do tempo, o distanciamento só se intensifica. Surgem os primeiros namorados, as festas até altas horas... A companhia dos pais fica cada vez menos apreciada.

Mas enquanto todos vivem sob o mesmo teto, as coisas até que vão bem. Porém basta um filho falar em passar uns tempos no exterior ou anunciar que vai casar para tudo desmoronar.

Muitos casais se esquecem de viver a união em detrimento dos filhos, e quando se vêem a sós, ficam completamente perdidos, sem saber o que fazer para preencher o tempo. Se estão aposentados, com todo o tempo livre, a situação é ainda pior.

Alguns chegam a entrar em depressão, precisando de ajuda profissional para seguir adiante. Outros se apóiam em amigos que já passaram por essa experiência.

Enquanto isso, lá vão os filhos, mais felizes do que nunca, vivendo o direito de serem livres para aprender com os erros e buscar a realização de seus sonhos.

Até que um dia tenham seus próprios filhos e iniciem um novo processo de apego e separação...

domingo, 20 de setembro de 2009

Homenagem ao povo gaúcho



Neste 20 de setembro, presto uma homenagem a meu povo, que sempre lutou por liberdade e valorização de nosso Estado e país. A data é uma lembrança à Revolução Farroupilha, em que milhares de homens e mulheres lutaram contra o governo Imperial, os elevados impostos cobrados dos agropecuaristas gaúchos, beneficando o produto vindo do exterior, e a expropriação de recursos do Estado para a quitação de dívidas federais.




Hino Rio-grandense


Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade


Refrão
Mostremos valor constância
Nesta ímpia injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra


Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Refrão

sábado, 19 de setembro de 2009

Um amor incondicional


Ontem o Globo Repórter, da TV Globo, mais uma vez abordou um tema que sempre me interessa. A adoção.

Surpreende o fato do quanto se fala que adotar é um gesto de amor, uma iniciativa belíssima, mas como pouco se faz. Por que ainda é tão difícil pensar em adotar uma criança e tão fácil comprar um cachorro?

Acho um absurdo comparar uma criança a um cachorro, mas uso esse artifício para que se reflita que o princípio é o mesmo, porém sempre são colocados obstáculos para justificar um ato em detrimento de outro.

Para se adotar, ou mesmo comprar um cão, é preciso, acima de tudo, amor para dar. Não se pode querer um bicho simplesmente porque ele é bonitinho. Ele vai precisar de carinho, de atenção, e se não receber, vai transformar sua vida em um inferno! Pois é isso que acontece com as crianças. Qualquer criança, adotada ou não.

Um animal precisa de um lar, de alimentação. Uma criança também.

O cachorro precisa ir ao veterinário, o que demanda certo investimento (muitas vezes até exagerado). Uma criança eventualmente vai precisar ir ao médico, tomar vacinas. Um adulto, depois de certa idade, precisa muito mais!

Um bichinho de estimação também gosta de passear, brincar, gastar energia! Tal qual crianças, que quanto mais estimuladas, mais alegrias nos dão de retorno.

Assim como os cachorros, elas também nos servem de companhia, também têm muito a nos ensinar e aprender.

É lógico que os gastos são elevados (eu prefiro pensar que são investimentos!), mas a recompensa é infinitamente maior.

Não há nada que supere um sorriso ou um Eu Te Amo, Mamãe! E isso, só as crianças podem nos dar. E de sobra, sem cobrar nada!

Mas também não são apenas as crianças. Os adolescentes também têm muito a nos ensinar. Principalmente a ter paciência e aceitar as diferenças. Fazer com que nos coloquemos em seus lugares para compreender aquilo que um dia passamos e sabemos bem como é difícil superar.

No Brasil, existem mais pessoas na fila de espera por adoção do que crianças para serem adotadas. O problema é que a maioria quer bebês brancos, com no máximo 1 ano de idade. E nos abrigos e orfanatos, a espera é justamente daqueles que já passaram dessa idade. Muitos estão quase completando 18 anos (idade limite para ficar em abrigos) e não têm nenhuma expectativa de vida.

Essas crianças e jovens, quando recebem a oportunidade de ter um lar, uma família, são tão gratos que fazem de tudo para deixar pais e mães muito felizes.

É claro que existem exceções, mas como diz a palavra, é minoria. E vamos ser honestos. Desde quando filho biológico é sinônimo de pura felicidade? Sempre vai haver crise de idade, desentendimentos e até mesmo rompimentos com a família. Isso é comum do ser humano! Não é a herança genética ou a falta dela que faz a diferença.

No programa de ontem ouvi um depoimento emocionado que me deixou emocionada também. Uma senhora chamada Hália de Souza, que adotou duas meninas, hoje adultas, traduziu o que é uma adoção: “A criança tem que nascer dentro do coração das pessoas, do peito, da alma. Então, a criança que chega não tem nosso código genético, nosso DNA físico, mas vai ter o DNA da nossa alma”.

E a alma é o que importa! É o que de fato faz a diferença na vida de uma pessoa. É o amor recebido, os ensinamentos prestados e, principalmente, os exemplos que farão da relação pai e filho uma experiência enriquecedora e feliz. Se podemos amar amigos e animais, por que não podemos amar de forma incondicional um filho que não nasceu de nossa herança genética, como disse dona Hálvia, mas da nossa alma, do amor que temos de sobra para dar e muitas vezes nem sabemos?

É lógico que adotar requer responsabilidades, dedicação, investimento. Porém não é nada diferente de ter um filho biológico, ou mesmo um cachorro. A base é sempre a mesma: o AMOR!