domingo, 27 de setembro de 2009

Drogas pra quê?

Estava assistindo a uma entrevista de uma das minhas cantoras preferidas à Oprah, pela GNT. Nela, Whitney Houston fala da carreira e dos problemas com as drogas, que a afastaram dos palcos por anos. E sempre que vejo uma situação como essa me pergunto por que as pessoas entram num caminho que sabem que só pode trazer perdas e decepções?

Whitney já havia conquistado tudo o que podia na carreira. Bem-sucedida, era casada e tinha uma filha. Mas isso não era o bastante. Faltava algo que ela foi buscar onde, é claro, não iria encontrar. A cantora se jogou num precipício e não sabia como voltar. Passou meses de pijama, levantando da cama apenas para comer e se despedir da filha quando ela ia para a escola. O verdadeiro fim de uma estrela que embalou casais com a inesquecível “I will always love you”.

Me surpreende tamanha insanidade de alguém que supostamente tem tudo (talvez faltasse justamente o essencial, que é o amor próprio). Quem não conhece alguém que leva uma vida no maior conforto, com pais sempre presentes e ainda sim se joga nas drogas? Pessoas que vão a festas para beber até cair (fico imaginando onde está a diversão, já que acho extremamente desagradável vomitar ou sentir dores de cabeça) e sequer lembram o que aconteceu no dia seguinte. Gente que se reúne com amigos não para jogar conversa fora, se divertir, mas para formar uma roda de maconha e curtir “o barato”.

Confesso que tenho muita pena de pessoas assim, porque elas não se conhecem e não conseguem “viajar” em sua própria imaginação. Precisam usar de artifícios que até podem não causar dependência, mas é um risco alto demais que se corre. Ou pior, fumam, bebem e ficam entorpecidas para se sentirem inseridas, não virarem motivo de chacota no grupo. Uma lástima.

Quantos jovens experimentam algum tipo de droga afirmando que são fortes, que não vão se viciar e, depois da terceira vez, não conseguem mais parar? Será que nunca ouviram falar que a dependência química só aparece depois das primeiras experiências? Então será que vale mesmo a pena ir adiante?

Famílias são destruídas diariamente pelas drogas. Pais que bebem demais e acabam perdendo esposas e filhos. Filhos que brigam com os pais e até vendem objetos de casa para poder comprar drogas. Pessoas que destroem a si próprios e aqueles que estão a seu redor. E esquecem que a felicidade está bem ali, dentro de si, sem nenhum custo e a qualquer hora.

Que bom que Whitney está conseguindo dar a volta por cima. Que bom se sempre fosse assim.

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