sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Porto Alegre, capital do tênis


Porto Alegre vive neste final de semana um momento diferente. Depois de 11 anos, a Copa Davis volta à capital gaúcha, dessa vez em um confronto Brasil x Equador. Os jogos acontecem no Ginásio Gigantinho, habitual palco de shows. O Brasil não integra a elite do tênis há seis anos e se vencer a disputa, volta ao Grupo Mundial.

Mas o que tem marcado essa competição não são os resultados das partidas, mas a forma como a Davis mexeu com a cidade e os gaúchos.

Acostumados a vibrar com a dupla Gre-nal, os torcedores agora têm que se comportar de uma maneira diferente. Nos estádios vale tudo. Quanto mais barulho, melhor para o time da casa, pior para os adversários. O juiz é alvo de críticas e xingamentos nada sutis. O torcedor entra e sai na hora que bem entende. Se quiser, assiste à partida de pé. Se preferir, sentado (ou até deitado, conforme o movimento e o ânimo do jogo). Nas arquibancadas, ambulantes percorrem os degraus durante toda a partida com oferta de bebida, pipoca, pastel e picolé. Dentro de campo, 11 jogadores de cada lado, técnicos, auxiliares, jogadores reservas, massagistas, árbitros reservas, imprensa... todo mundo bem próximo do espetáculo. O capitão é o jogador líder, que comanda a equipe dentro das quatro linhas. O jogo tem hora para começar e acabar. São 90 minutos e pronto.

Com a Copa Davis os gaúchos estão se acostumando a ter um outro comportamento. A mudança começa com o silêncio para manter a concentração dos atletas. Só é permitido gritar depois de cada ponto. Durante a disputa ou até mesmo em um erro de saque, nada de barulho. O árbitro interfere e pede educadamente que todos se calem. O saque só é dado quando a quadra está em silêncio. Também não é permito ficar andando de um lado para o outro enquanto a bola está rolando. Quem quiser levantar tem que esperar a bola parar. Senão, lá vai o juiz, com toda calma, pedir que aquela criatura lá no último degrau se sente para não distrair a atenção dos tenistas. Bom, e se não pode circular durante o jogo, é claro que não pode haver ambulantes pra lá e pra cá, gritando quem quer pipoca. Até porque os ambulantes nem combinariam com o clima da disputa. Dentro da quadra, apenas os atletas. O árbitro fica sentadinho em uma cadeira que lembra uma casinha de salva-vidas. O capitão, não é jogador, mas uma espécie de técnico que fica na beira da quadra passando orientações e motivando os atletas. E o jogo? Esse não tem hora para acabar. É preciso ter muita paciência para poder vibrar com a vitória. As partidas duram quatro, cinco horas... e quando terminam, cordialmente vencedores e perdedores se cumprimentam, por mais que estejam se odiando naquele momento.

Um comentário:

  1. Aeeee Adri querida, vamos atualizar com mais frequencia o blog, hein?! hehe Vou acompanhar, já tô te seguindo aqui tb... hehe Valeu a parceria, o coleguismo e a amizade de sempre!

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