quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sonho x Utopia

Sonhar é bom

Provoca uma sensação de bem-estar

De esperança de conquistar algo tão almejado

Mas é preciso sonhar com os pés nos chão

Querer aquilo que se pode realizar

Buscar o que o esforço e a dedicação conseguem trazer

Caso contrário, o sonho se torna utopia

Aquilo que nunca vai passar de nossa imaginação

Será sempre um sonho distante e inatingível

Uma fantasia marcada pelo sentimento de derrota

O sonho dá asas

A utopia, frustração

Então sonhe e realize tudo o que puder!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O futebol ficou de lado


Chovia em Porto Alegre há mais de 20 horas. As ruas estavam alagadas, difíceis de trafegar. Mas o domingo era dia de futebol no Beira-Rio e lá eu deveria estar para a cobertura de Inter e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro.

Logo na chegada me deparei com o estacionamento debaixo d’água. Estacionei na última vaga antes da lagoa que se formava. Mas isso nem foi surpresa, já que sempre que chove mais forte fica difícil chegar ao estádio. O problema estava do lado de dentro, mais precisamente no gramado onde seria realizada a partida.

Acho que nunca havia visto um campo em tão precárias condições de jogo. Duas horas antes da partida funcionários do Internacional tentavam a todo custo escoar com rodos a água que formava poças no Beira-Rio (diga-se de passagem, o estádio com o melhor gramado do futebol brasileiro, de acordo com os próprios jogadores que disputam a competição nacional, em eleição realizada no ano passado). Tudo em vão. À medida que eles se esforçavam, a chuva teimava em continuar. Dava sinais de que iria parar, mas, de repente, voltava com força total. Um castigo para torcedores, que se intimidaram e ficaram em casa, e para os jornalistas, que tiveram que trabalhar sob mau tempo. E o pior, era dia de decisão do Sócio Símbolo 100 mil, uma promoção planejada minuciosamente e que acabou sem o brilho que merecia. Ruim para todo mundo, menos para a arbitragem.

O árbitro Sandro Meira Ricci vistoriou o gramado antes da partida e apesar do cenário totalmente contrário à prática do futebol, entendeu que havia plenas condições de jogo. Impossível entender tal decisão, mas hoje, analisando a situação, lembrei que o Inter está (ou estava) na luta pelo título do Brasileirão e que um resultado como o de ontem poderia deixar esse sonho bem mais distante. E mais próximo para as equipes paulistas que também estão na luta (não podemos esquecer que em 2005 uma manobra da arbitragem brasileira tirou o título do Inter e colocou de bandeja nas mãos do Corinthians).

Não houve, de modo algum, futebol entre Inter e Flamengo. A bola parou mais nas poças de água que nos pé dos jogadores, que giravam de um lado para o outro sem conseguir concretizar uma jogada. Jogo feio, truncado, sem qualquer emoção. Sem dúvidas, a pior partida de futebol (que mais lembrava um pólo aquático) que já vi em toda a vida. E mais uma prova de que a arbitragem brasileira não prioriza o bom futebol. E debaixo de tanta chuva, o único que saiu satisfeito do estádio foi Paulo Cezar Guterres Ritta, o Sócio Símbolo 100 mil do Internacional.

domingo, 27 de setembro de 2009

Drogas pra quê?

Estava assistindo a uma entrevista de uma das minhas cantoras preferidas à Oprah, pela GNT. Nela, Whitney Houston fala da carreira e dos problemas com as drogas, que a afastaram dos palcos por anos. E sempre que vejo uma situação como essa me pergunto por que as pessoas entram num caminho que sabem que só pode trazer perdas e decepções?

Whitney já havia conquistado tudo o que podia na carreira. Bem-sucedida, era casada e tinha uma filha. Mas isso não era o bastante. Faltava algo que ela foi buscar onde, é claro, não iria encontrar. A cantora se jogou num precipício e não sabia como voltar. Passou meses de pijama, levantando da cama apenas para comer e se despedir da filha quando ela ia para a escola. O verdadeiro fim de uma estrela que embalou casais com a inesquecível “I will always love you”.

Me surpreende tamanha insanidade de alguém que supostamente tem tudo (talvez faltasse justamente o essencial, que é o amor próprio). Quem não conhece alguém que leva uma vida no maior conforto, com pais sempre presentes e ainda sim se joga nas drogas? Pessoas que vão a festas para beber até cair (fico imaginando onde está a diversão, já que acho extremamente desagradável vomitar ou sentir dores de cabeça) e sequer lembram o que aconteceu no dia seguinte. Gente que se reúne com amigos não para jogar conversa fora, se divertir, mas para formar uma roda de maconha e curtir “o barato”.

Confesso que tenho muita pena de pessoas assim, porque elas não se conhecem e não conseguem “viajar” em sua própria imaginação. Precisam usar de artifícios que até podem não causar dependência, mas é um risco alto demais que se corre. Ou pior, fumam, bebem e ficam entorpecidas para se sentirem inseridas, não virarem motivo de chacota no grupo. Uma lástima.

Quantos jovens experimentam algum tipo de droga afirmando que são fortes, que não vão se viciar e, depois da terceira vez, não conseguem mais parar? Será que nunca ouviram falar que a dependência química só aparece depois das primeiras experiências? Então será que vale mesmo a pena ir adiante?

Famílias são destruídas diariamente pelas drogas. Pais que bebem demais e acabam perdendo esposas e filhos. Filhos que brigam com os pais e até vendem objetos de casa para poder comprar drogas. Pessoas que destroem a si próprios e aqueles que estão a seu redor. E esquecem que a felicidade está bem ali, dentro de si, sem nenhum custo e a qualquer hora.

Que bom que Whitney está conseguindo dar a volta por cima. Que bom se sempre fosse assim.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Reencontros

Hoje reencontrei um amigo que não via há uns 15 anos. Ele jogava nas categorias de base do Internacional na época em que eu era uma torcedora comum que não perdia um treino, inclusive dos juvenis. Adorava passar horas e horas no Beira-Rio, mesmo que vazio, imaginando o dia em que me tornaria uma jornalista esportiva. Tínhamos um trato de que um dia ele estaria na Seleção e eu o entrevistaria para a emissora em que trabalhasse. Infelizmente ele não chegou tão longe, pelo menos na equipe principal.

Mas hoje tive uma grata surpresa. Ele estava voltando ao Inter. Dessa vez para se preparar para ser técnico. Desejo muita sorte!

Ele me reconheceu fisicamente, mas não conseguia associar a imagem à pessoa (um castigo para quem tem esse terrível problema, como eu). Porém alguns minutos de conversa nos fizeram colocar em dia os principais assuntos que se passaram nesses anos todos de distância. Casamentos, filhos, carreiras... Como seremos colegas daqui por diante, colocaremos o resto do papo em dia nos próximos meses.

Depois desse reencontro fiquei pensando como é bom rever pessoas que fizeram parte de um importante período de nossa vida e que, por um motivo ou outro, hoje nem sabemos por onde andam. Colegas de escola, amigos do primeiro emprego, companheiros de estudos na faculdade... Como seria gratificante poder reencontrá-los e relembrar histórias, saber o que aconteceu em suas vidas. Uma forma simples de voltar no tempo sem precisar abrir mão do nosso presente.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O futebol que não foi milionário

Sempre gostei de futebol e acompanhei de tudo um pouco sobre esse esporte que fascina tanto os brasileiros.

Uma das coisas que sempre me chamou a atenção é a diferença entre o futebol de hoje e o de 50, 60 anos atrás. E não falo apenas da qualidade técnica e do amor à camisa, que andam meio esquecidos nos últimos anos. Falo da questão financeira.

Hoje é um verdadeiro absurdo o que os clubes, especialmente os árabes e os europeus, investem em futebol. São milhões de dólares gastos em apenas um jogador, tido como o “salvador da pátria”. Valores que fariam a alegria das milhares de pessoas que passam frio e fome em todo o planeta. Mas o assunto é futebol, e vou me deter nele.

O que me chama de fato a atenção é a mudança desse elevado investimento ao longo dos anos. Na época em que o esporte era conhecido como “futebol arte”, não havia esses salários desproporcionais. Ganhava-se o suficiente para viver bem e pronto. Nada de excessos. Quem exagerava, acabava como o grande Garrincha, pobre e destruído pelo álcool.

E isso é o que tenho visto de perto depois de mais de dois anos trabalhando em um dos maiores clubes do futebol brasileiro.

Em entrevistas com ex-craques do Internacional observo a imensa diferença dos tempos no futebol. Se Kaká ou Ronaldinho Gaúcho resolvessem parar de jogar hoje, por exemplo, poderiam viver tranquilamente bem até morrer. E ainda deixariam uma gorda herança para as próximas gerações.

Para os jogadores do passado, salvo poucas exceções, a história não era assim. Muitos tiveram que procurar outros empregos para se manter financeiramente até a aposentadoria. Alguns viraram bancários, outros comerciantes, funcionários públicos... Ou seja, ao invés de trabalhar até no máximo 40 anos, como ocorre com os jogadores da atualidade, tinham que seguir em atividade por pelo menos mais uns 15, 20 anos. E para se aposentar com dificuldade, ganhando o suficiente apenas para se manter. Muitas vezes, nem para isso.

Jogadores que brilharam na década 40 e hoje vivem com bastante dificuldade em casas simples, de madeira, vestindo roupas tão desgastadas pelo tempo quanto eles.

Outros, em situações ainda piores de saúde são objetos de campanha de arrecadação de fundos para viver com mais dignidade.

Prova de que, assim como na “vida real”, no futebol também existem muitas desigualdades.

No futebol, nem tudo são flores

É comum lermos notícias de contratos milionários de jogadores de futebol. No meio do ano, o português Cristiano Ronaldo foi vendido ao Real Madrid pela bagatela de 256 milhões de reais. Já o argentino Lionel Messi, do Barcelona, renovou o contrato com o time espanhol por um salário mensal de mais de 10 milhões de euros!

Tanto investimento no futebol faz com que ele seja o sonho profissional de muitos meninos que vivem às margens da população. Mas nem tudo são flores.

A grande maioria que ingressa nessa carreira esportiva joga em clubes pequenos, com salários que são gorjeta para craques como Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Passam dificuldades durante anos para buscar um espaço, longe da família e de amigos. Uma batalha muitas vezes em vão.

E ainda que consigam chegar a um grande clube do futebol brasileiro, por exemplo, somente aqueles que realmente se diferenciam conseguem um futuro promissor. O resto tem que se contentar em ser apenas coadjuvante de uma história com poucos finais felizes. Como em qualquer outra profissão.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Boas-vindas à estação mais linda


Vinte e dois de setembro é dia de comemorar a chegada da estação mais bela do ano. A Primavera traz consigo o desabrochar das mais belas flores, que enfeitam naturalmente a paisagem até da mais cinza das cidades.

A nova estação contagia não apenas as pessoas com seus encantos. São os animais os mais beneficiados com a época das flores. Abelhas, beija-flores, bem-te-vis. Todos vibram com o doce sabor do néctar de cada planta.

E como é lindo ver os pássaros cantando e levando adiante o pólen que vai gerar novas plantas no ano seguinte. E que maravilha poder descansar à sombra de um Jacarandá.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quando os filhos ganham asas

Existe uma frase popular que diz que os pais criam os filhos para o mundo. Mas na prática, o que eles querem mesmo é criá-los para os terem sempre de baixo de suas asas.

A primeira crise de separação chega com a escola, um desafio para as crianças, que vão enfrentar um universo ainda desconhecido; e para os pais, que têm de entregá-las nas mãos de estranhos.

Com o passar do tempo, o distanciamento só se intensifica. Surgem os primeiros namorados, as festas até altas horas... A companhia dos pais fica cada vez menos apreciada.

Mas enquanto todos vivem sob o mesmo teto, as coisas até que vão bem. Porém basta um filho falar em passar uns tempos no exterior ou anunciar que vai casar para tudo desmoronar.

Muitos casais se esquecem de viver a união em detrimento dos filhos, e quando se vêem a sós, ficam completamente perdidos, sem saber o que fazer para preencher o tempo. Se estão aposentados, com todo o tempo livre, a situação é ainda pior.

Alguns chegam a entrar em depressão, precisando de ajuda profissional para seguir adiante. Outros se apóiam em amigos que já passaram por essa experiência.

Enquanto isso, lá vão os filhos, mais felizes do que nunca, vivendo o direito de serem livres para aprender com os erros e buscar a realização de seus sonhos.

Até que um dia tenham seus próprios filhos e iniciem um novo processo de apego e separação...

domingo, 20 de setembro de 2009

Homenagem ao povo gaúcho



Neste 20 de setembro, presto uma homenagem a meu povo, que sempre lutou por liberdade e valorização de nosso Estado e país. A data é uma lembrança à Revolução Farroupilha, em que milhares de homens e mulheres lutaram contra o governo Imperial, os elevados impostos cobrados dos agropecuaristas gaúchos, beneficando o produto vindo do exterior, e a expropriação de recursos do Estado para a quitação de dívidas federais.




Hino Rio-grandense


Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade


Refrão
Mostremos valor constância
Nesta ímpia injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra


Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Refrão

sábado, 19 de setembro de 2009

Um amor incondicional


Ontem o Globo Repórter, da TV Globo, mais uma vez abordou um tema que sempre me interessa. A adoção.

Surpreende o fato do quanto se fala que adotar é um gesto de amor, uma iniciativa belíssima, mas como pouco se faz. Por que ainda é tão difícil pensar em adotar uma criança e tão fácil comprar um cachorro?

Acho um absurdo comparar uma criança a um cachorro, mas uso esse artifício para que se reflita que o princípio é o mesmo, porém sempre são colocados obstáculos para justificar um ato em detrimento de outro.

Para se adotar, ou mesmo comprar um cão, é preciso, acima de tudo, amor para dar. Não se pode querer um bicho simplesmente porque ele é bonitinho. Ele vai precisar de carinho, de atenção, e se não receber, vai transformar sua vida em um inferno! Pois é isso que acontece com as crianças. Qualquer criança, adotada ou não.

Um animal precisa de um lar, de alimentação. Uma criança também.

O cachorro precisa ir ao veterinário, o que demanda certo investimento (muitas vezes até exagerado). Uma criança eventualmente vai precisar ir ao médico, tomar vacinas. Um adulto, depois de certa idade, precisa muito mais!

Um bichinho de estimação também gosta de passear, brincar, gastar energia! Tal qual crianças, que quanto mais estimuladas, mais alegrias nos dão de retorno.

Assim como os cachorros, elas também nos servem de companhia, também têm muito a nos ensinar e aprender.

É lógico que os gastos são elevados (eu prefiro pensar que são investimentos!), mas a recompensa é infinitamente maior.

Não há nada que supere um sorriso ou um Eu Te Amo, Mamãe! E isso, só as crianças podem nos dar. E de sobra, sem cobrar nada!

Mas também não são apenas as crianças. Os adolescentes também têm muito a nos ensinar. Principalmente a ter paciência e aceitar as diferenças. Fazer com que nos coloquemos em seus lugares para compreender aquilo que um dia passamos e sabemos bem como é difícil superar.

No Brasil, existem mais pessoas na fila de espera por adoção do que crianças para serem adotadas. O problema é que a maioria quer bebês brancos, com no máximo 1 ano de idade. E nos abrigos e orfanatos, a espera é justamente daqueles que já passaram dessa idade. Muitos estão quase completando 18 anos (idade limite para ficar em abrigos) e não têm nenhuma expectativa de vida.

Essas crianças e jovens, quando recebem a oportunidade de ter um lar, uma família, são tão gratos que fazem de tudo para deixar pais e mães muito felizes.

É claro que existem exceções, mas como diz a palavra, é minoria. E vamos ser honestos. Desde quando filho biológico é sinônimo de pura felicidade? Sempre vai haver crise de idade, desentendimentos e até mesmo rompimentos com a família. Isso é comum do ser humano! Não é a herança genética ou a falta dela que faz a diferença.

No programa de ontem ouvi um depoimento emocionado que me deixou emocionada também. Uma senhora chamada Hália de Souza, que adotou duas meninas, hoje adultas, traduziu o que é uma adoção: “A criança tem que nascer dentro do coração das pessoas, do peito, da alma. Então, a criança que chega não tem nosso código genético, nosso DNA físico, mas vai ter o DNA da nossa alma”.

E a alma é o que importa! É o que de fato faz a diferença na vida de uma pessoa. É o amor recebido, os ensinamentos prestados e, principalmente, os exemplos que farão da relação pai e filho uma experiência enriquecedora e feliz. Se podemos amar amigos e animais, por que não podemos amar de forma incondicional um filho que não nasceu de nossa herança genética, como disse dona Hálvia, mas da nossa alma, do amor que temos de sobra para dar e muitas vezes nem sabemos?

É lógico que adotar requer responsabilidades, dedicação, investimento. Porém não é nada diferente de ter um filho biológico, ou mesmo um cachorro. A base é sempre a mesma: o AMOR!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Porto Alegre, capital do tênis


Porto Alegre vive neste final de semana um momento diferente. Depois de 11 anos, a Copa Davis volta à capital gaúcha, dessa vez em um confronto Brasil x Equador. Os jogos acontecem no Ginásio Gigantinho, habitual palco de shows. O Brasil não integra a elite do tênis há seis anos e se vencer a disputa, volta ao Grupo Mundial.

Mas o que tem marcado essa competição não são os resultados das partidas, mas a forma como a Davis mexeu com a cidade e os gaúchos.

Acostumados a vibrar com a dupla Gre-nal, os torcedores agora têm que se comportar de uma maneira diferente. Nos estádios vale tudo. Quanto mais barulho, melhor para o time da casa, pior para os adversários. O juiz é alvo de críticas e xingamentos nada sutis. O torcedor entra e sai na hora que bem entende. Se quiser, assiste à partida de pé. Se preferir, sentado (ou até deitado, conforme o movimento e o ânimo do jogo). Nas arquibancadas, ambulantes percorrem os degraus durante toda a partida com oferta de bebida, pipoca, pastel e picolé. Dentro de campo, 11 jogadores de cada lado, técnicos, auxiliares, jogadores reservas, massagistas, árbitros reservas, imprensa... todo mundo bem próximo do espetáculo. O capitão é o jogador líder, que comanda a equipe dentro das quatro linhas. O jogo tem hora para começar e acabar. São 90 minutos e pronto.

Com a Copa Davis os gaúchos estão se acostumando a ter um outro comportamento. A mudança começa com o silêncio para manter a concentração dos atletas. Só é permitido gritar depois de cada ponto. Durante a disputa ou até mesmo em um erro de saque, nada de barulho. O árbitro interfere e pede educadamente que todos se calem. O saque só é dado quando a quadra está em silêncio. Também não é permito ficar andando de um lado para o outro enquanto a bola está rolando. Quem quiser levantar tem que esperar a bola parar. Senão, lá vai o juiz, com toda calma, pedir que aquela criatura lá no último degrau se sente para não distrair a atenção dos tenistas. Bom, e se não pode circular durante o jogo, é claro que não pode haver ambulantes pra lá e pra cá, gritando quem quer pipoca. Até porque os ambulantes nem combinariam com o clima da disputa. Dentro da quadra, apenas os atletas. O árbitro fica sentadinho em uma cadeira que lembra uma casinha de salva-vidas. O capitão, não é jogador, mas uma espécie de técnico que fica na beira da quadra passando orientações e motivando os atletas. E o jogo? Esse não tem hora para acabar. É preciso ter muita paciência para poder vibrar com a vitória. As partidas duram quatro, cinco horas... e quando terminam, cordialmente vencedores e perdedores se cumprimentam, por mais que estejam se odiando naquele momento.

Aniversariando...

É interessante como fazer aniversário mexe com a gente.

De uma maneira positiva ou negativa, comemorar mais um ano de vida sempre nos provoca uma reação.


Tem aqueles pessimistas que entram em crise com um mês de antecedência.

Alguns porque simplesmente não gostam de pensar que estão ficando mais velhos.

Outros se sentem frustrados por terem vivido mais um ano sem realizar seus ideais de vida (que na maioria das vezes são inatingíveis e só servem mesmo para causar desilusões).


Algumas pessoas usam a estratégia de fazer de conta que é apenas mais um dia comum.

Para mim, uma forma de chamar a atenção para que alguém lhe diga justamente aquilo que gostaria de ouvir: “Não, esse é o seu dia! Ele é especial!”


E é claro que é especial!


Por mais que outras pessoas possam fazer aniversário no mesmo dia, cada um tem a sua história.

Cada um faz o seu caminho.


O aniversário é o término de uma etapa e o início de outra.

Ou mesmo a continuação, mas com mais experiência.


Assim como no Ano Novo, a data é usada para se fazer muitas promessas.

Muitas vezes, que jamais serão cumpridas.


Aniversário é tão marcante que até mesmo quando alguém morre sempre há uma pessoa que lembre que naquele dia fulano estaria completando tantos anos de vida. Ou de morte.


Mas para que lembrar da morte quando a data se refere ao dia em que nascemos?

E se há nascimento, existe felicidade!

E se existe felicidade, por que não comemorar?