terça-feira, 10 de novembro de 2009

Batismos e religiões

É interessante como cada religião ou crença realiza seus rituais. Estou acostumada e participar de batizados católicos, em que acontece uma missa e, após, pais, padrinhos e madrinhas de diversas crianças se reúnem em volta do padre com uma vela acesa para realizar o batismo. Tudo muito rápido. Uma mesma mensagem para todos, algo quase que automático, geralmente deixando aquele mensagem de que é preciso frequentar a igreja periodicamente e agir conforme as leis de Deus. Uma criança de cada vez recebe a bênção do padre e é banhada em água benta. Pronto.

Mas no último final de semana vivi uma experiência diferente e muito interessante: o batismo na Umbanda. Existe uma série de preparação até o ato em cima. Monta-se um altar específico em homenagem à família da criança, todos são defumados antes de entrar no local de batismo, descalços. Há uma concentração especial e, principalmente, a participação de todos no processo, não apenas pais e padrinhos, mas também, convidados. O batizado é feito por uma entidade incorporada em um médium. Porém o que mais me chamou a atenção foi a personalização do evento. Ele é feito especialmente para aquela criança ali presente. Também há a vela e a água, simbolizando a vida e a iluminação dos caminhos do pequeno ser que está sendo abençoado, mas tudo é feito de forma tranquila, explicando-se cada passo do ritual e conversando com a criança. Todos são convocados a concentrar suas energias no ser em formação. O ápice do batismo da Umbanda, contudo, é o momento em que todos os presentes declaram aquilo que desejam para a criança, em uma cena que gera muita emoção. No final, a entidade se despede de cada um, deixando uma mensagem especial e uma paz que acalma até aqueles que chegaram cheios de problema do dia-a-dia. Tudo muito bonito e especial. Como, de fato, deve ser um batismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário